terça-feira, 24 de março de 2009
INAUGURAÇÃO
O ponto inicial desta agenda é a inauguração do ateliê.
Trata-se de um evento que consiste numa mostra compacta dos trabalhos já realizados no espaço onde estamos desde janeiro, acompanhada de uma reunião social aberta a quem desejar comparecer.
Esta inauguração ocorrerá no dia 27 de março de 2009, a partir das 21h, no próprio ateliê.
FORA DO CÓDIGO
Alguns artistas do CÓDIGO foram selecionados para expor trabalhos no Programa de Exposições do MARP - Museu de Arte de Ribeirão Preto, durante o ano de 2009.
Os selecionados foram André Ricardo, Luciano Deszo e Maura Grimaldi. O André irá expor em junho, o Luciano em maio (abertura marcada para 8 de maio) e a Maura exporá em outubro, durante a Semana de Fotografia do MARP.
Detalhes sobre datas e os trabalhos a serem expostos serão colocados aqui no momento oportuno.
sexta-feira, 13 de março de 2009
Especialmente na pintura, o processo é por vezes razão de discussões calorosas, quando não intermináveis.
Desde questões superficiais como "pintar por observação direta do assunto ou a partir de fotografias", ou "misturar acrílico com óleo pode ser perigoso", até temas mais cavernosos como "a presença do vazio na urbanidade contemporânea...", aparentemente discute-se sobre o processo com o mesmo (ou até mais) fervor com que se discutem questões sobre a obra após a sua completude.
Independente da profundidade conceitual que o tema merece (?), mostrarei aqui um pouco do processo no qual uma tela em branco é coberta com tinta, dentro do Código.
Um exemplo é como o André tem pintado. Ele tem começado com uma têmpera clássica (ovo+vinagre+pigmento puro). Coloca a tela no cavalete, prepara a têmpera, olha pela janela e após várias pinceladas o resultado é este:
Poderia-se dizer que está pronto. Inclusive, esta imagem acima foi usada no convite para a festa de inauguração do ateliê.
Ok, após esta etapa da têmpera, o André entra com outros tipos de tinta, acrílica e óleo. Chega a isto:
Eu no entanto, faço as coisas de maneira diferente.
Pra começar, eu não olho o assunto pela janela. Pelo menos não a janela de vidro, que separa a mim do mundo "lá fora", a janela que eu tenho usado é uma pequena, a janela da fotografia. Sem entrar em detalhes, e, de uma maneira bastante sintética eu digo: pinto coisas que não poderia pintar de outra maneira.
Eu começo fazendo manchas, às vezes rabiscos também. De qualquer forma, eu não gosto de desenhar, não aquele desenho "normal" que costumamos ver. Eu gosto de manchas. Neste estágio o quadro já tinha muitas manchas, alguns espaços até que bem definidos eu diria:
Acabei terminando num outro dia. Detalhe: depois me dei conta que este quadro está "de cabeça para baixo". Na verdade na maioria destes quadros dessa série, o lado pouco importa.
O Tomás, ao contrário de mim, é um pintor virtuoso, herdeiro da tradição pictórica ocidental e bla bla bla. Sério, ele não faz manchas e sim pinceladas precisas.
Ele inventou de pintar imagens que ele pega pela internet. São imagens sórdidas, armadilhas virtuais.
Creio que logo ela poderá postar uma imagem final do quadro dela.
t+
LSD